Luciene Silva

Luciene Silva

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sou diferente, e daí!


  Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola.
Então, eles se reuniram para escolher as disciplinas. O pássaro insistiu que houvesse aulas de vôo. O esquilo achou que a subida em arvores era fundamental, e o coelho queria que a corrida fosse incluída.
E assim foi feito. Mas eles cometeram um erro: insistiram para que os bichos participassem de todos os cursos oferecidos. O coelho foi magnífico na corrida, mas queriam ensiná-lo a voar. Então, ordenaram que ele subisse numa arvore. Disseram: “Voa coelho”. Ele saltou e quebrou as patas. Não aprendeu a voar e acabou sem poder correr também. O pássaro voava como ninguém, mas o obrigou a cavar buracos como o tatu. Resultado: ele quebrou o bico e as asas. Depois, não conseguia mais voar. O que essa historia quer dizer?
Que somos diferentes um dos outros, e que cada um é especial com sua maneira de ser. Então, se o meu dom é a escrita, o seu pode ser a fala. Se o meu dom é correr, o seu pode ser caminhar devagar. Não importa.
Cada um á seu jeito completa o outro de algum modo. A vida se torna linda graças às diferenças e contradições.
Eu gosto da diferença e das individualidades, gosto da capacidade de conviver com pessoas diferentes. Gosto das diferenças culturais.
As manifestações culturais se manifesta através da sua originalidade e pluralidade de identidades que caracterizam grupos e sociedades da humanidade. Comparada com as necessidades da diversidade biológica para a natureza, a diversidade cultural é para nós fator primordial para entendermos toda história da humanidade. Nesse sentido, constitui um patrimônio comum de toda sociedade que tem o dever de ser reconhecida como tal, registrada e consolidada em benefício das gerações futuras.
Aprendemos no ensino fundamental e médio que diferenças existem, mas devem ser respeitadas, quando assistimos às aulas de história e até mesmo de geografia, constatamos muitas diferenças. Os negros não poderiam em hipótese alguma misturar-se com brancos, considerados a classe dominante, nobreza e clero. Fomos educados e ensinados a pensar dessa maneira. Negros eram escravos e ficavam na senzala e os brancos donos de tudo e de todos moravam na casa grande.
Esse pré-conceito existente atualmente na sociedade fragmentada atual não estaria na nossa própria história? A culpa desse preconceito, das diferenças sociais, econômicas não estaria em nós mesmo? Quem faz parte dessa história ensinada nas salas de aulas hoje em dia?
Diferenças existem sim, e é inevitável não conviver com ela. Mesmo com tantas diferenças existentes, uma coisa é certa, todos tem perante a constituição os mesmo direitos e deveres a cumprir, nos tornando relativamente iguais. 
Independentes disso – Geraldo Vandré – já dizia em sua melodia “Caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais braços dados ou não, nas escolas, nas ruas, campos e construções, caminhando e cantando e seguindo a canção, vem, vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, e não espera acontecer...



beijo e cheiro
Luciene Silva

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