Luciene Silva

Luciene Silva

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Quem paga pelo acidente de trabalho


Quem paga pelo acidente de trabalho.

O Brasil foi o primeiro país a ter um serviço obrigatório de segurança e medicina do trabalho em empresas com mais de 100 funcionários, isto em 1972, desta data ate hoje já se passaram 40 anos, e os números estão cada vez mais assustadores, dados citados pela presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Rosângela Silva Rassy, em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH),disse que 3,8 milhões de acidentes de trabalho ocorreram  no Brasil no período de 2005 a 2010 mataram 16,5 mil pessoas e incapacitaram 74,7 mil trabalhadores.
Para o presidente do Sintespar – Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Estado do Paraná, Adir de Souza, “os números são preocupantes! O Brasil tem normas, leis maravilhosas, o que falta é serem cumpridas. Em 34 anos na área de segurança no trabalho, sempre digo que é questão de CULTURA, uma “cultura prevencionista”, você vê artista defendendo ararinha azul, o mico leão dourado, os bois do rodeio e não vê ninguém defendendo o SER HUMANO, o trabalhador que tem família, que necessita de uma condição digna de trabalho.”
Estatísticas mais recentes da Previdência Social mostram que em 2009 foram registrados 723,5 mil acidentes de trabalho no Brasil. Destes, quase 2,5 mil terminaram em mortes, uma média de quase sete por dia, Goiás registra diariamente, em média, 45 acidentes de trabalho. Mais de três trabalhadores perdem a vida a cada mês nesta situação, segundo dados da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado.  Nos dados, não entram o funcionalismo público e de trabalhadores informais. Os gastos do governo com auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadorias por invalidez chegam a R$ 10,7 bilhões por ano.
O custo dos acidentes e doenças do trabalho para o Brasil chega a R$ 71 bilhões por ano, o equivalente a quase 9% da folha salarial do País, da ordem de R$ 800 bilhões. O cálculo é do sociólogo José Pastore, professor de Relações do Trabalho da Universidade de São Paulo (USP). “Trata-se de uma cifra colossal que se refere a muito sofrimento e perda de vidas humanas.” Para chegar a esse número, Pastore somou os custos para as empresas, para a Previdência Social e para a sociedade. Para as empresas, segundo ele, dividem-se basicamente em custos segurados e não segurados, num total de R$ 41 bilhões.
Enquanto existir a cultura da CULPABILIDADE ( busca apenas dos culpados)e não houver uma mudança para CULTURA PREVENCIONISTA, esses números tende só a crescer.
Essa conta quem paga somos todos nós.
Pense nisso!
Luciene Silva – Tecnóloga em Segurança no Trabalho 

Trabalhar para viver e não para morrer


Trabalhar para viver e não para morrer
Por Luciene Silva
Entre janeiro e outubro de 2011, pelo menos 40.779 trabalhadores foram vítimas de acidentes graves de trabalho, dos quais 1.143 morreram, segundo o Ministério da Saúde. Os dados englobam trabalhadores de diversos setores de atividade, mas se referem apenas aos atendimentos na rede de serviços de saúde credenciada do Sistema de Agravos de Notificação (Sinan). Desde 2004, uma determinação do ministério obriga os médicos a notificarem os casos graves de acidentes de trabalho.
Os números oficiais de acidentes de trabalho no País, portanto, são bem maiores que os do Ministério da Saúde, porém, são divulgados com atraso de quase um ano pelo Ministério da Previdência Social. Em 2010, foram 701.496 acidentes, 31,8 mil a menos do que em 2009. O número de mortes, no entanto, aumentou de 2.650 para 2.712. Mas ele é ainda maior.
Goiás registra diariamente, em média, 45 acidentes de trabalho. Mais de três trabalhadores perdem a vida a cada mês nesta situação, segundo dados da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado. Os números oficiais, alarmantes, são subnotificados, porque não incluem os acidentes de trabalho ocorridos na informalidade, nem no serviço público.
Enquanto existir a cultura da CULPABILIDADE, ou seja, a busca apenas dos culpados e não cuidar da origem, esses números tende só a crescer.
Varias medidas tem sido tomado pelos governos na busca de qualificação, porem a cultura brasileira de REMEDIAR para emendar, está custando à vida de pessoas que geram a riqueza do nosso país.
A carga horária dos cursos profissionalizantes destinada à Segurança do Trabalho é vergonhosa! Exemplo disso é o descaso dos profissionais habilitados aos seus Equipamentos de Proteção Individual – EPI.
Há poucos dias em uma visita em determinada construção, vi o encarregado fazendo reparos em uma máquina em funcionamento, e fui alertá-lo que aquele procedimento poderia arrancar a sua mão. Ele, assustado, olhou-me e disse: - mas eu faço isso sempre, desde que comecei a trabalhar e nunca tive problemas. Argumentei: -Equipamentos eletrônicos e maquinas não tem cérebro nem sentimentos. Em nada vai doer nelas arrancar suas mãos, braços e sua vida!
Uma cultura prevencionista depende de todos nós, porém, existem instituições que deveriam por obrigação cuidar desse tema e não o fazem, cito aqui os sindicatos classistas e patronais- que leiam no artigo 592 da CLT- e fica a pergunta: quantos sindicatos têm um profissional capacitado em segurança no trabalho para fiscalização, conscientização e estudo dos riscos da categoria?
Se forem contabilizados os gastos com os acidentados, tanto para as empresas quanto para o governo é sabido que a prevenção é inúmeras vezes mais baixas. Prevenção é investimento e não gasto.
É triste ver a falta de conhecimento dos trabalhadores sobre seus direitos e deveres, ainda existem trabalhadores que pra não perder o emprego, por desconhecimento, se sujeitam a exercer funções de risco. Outros exemplos:
Um soldador que foi fazer um reparo de solda em um tanque de combustível vazio, resultado: 80% do corpo queimado, mutilado e sem expectativas de retorno a lida.
Um caminhão carregado de açúcar tombou na BR-153, em Itumbiara. Quando os policiais foram investigar as circunstâncias, descobriram que o motorista estava dirigindo há 15 horas, sem pausa.
A cada dia que passa se compromete mais a “QUALIDADE DE VIDA” dos trabalhadores, por falta de informação e conscientização. Devemos trabalhar para viver, viver melhor com qualidade e não para morrer! Para isso devemos unir forças, conhecimentos e buscar urgente uma CULTURA PREVENCIONISTA!

Luciene Silva – Tecnóloga em Segurança no Trabalho 

quarta-feira, 6 de junho de 2012


Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio.
O escorpião vinha fazer um pedido:

"Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?"

O sapo respondeu: "Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralizado e vou afundar."
Disse o escorpião: "Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos."
Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio.
No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.
Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou: "Por quê? Por quê?"
E o escorpião respondeu: "Por que sou um escorpião e essa é a minha natureza."

Infelizmente existem pessoas assim, te usam e quando não precisa mais de vc te crava um belo de um ferrão que a principio vc nem sente ! ....eles são chamados de psicopatas.... eles representam muito bem ....seus talentos teatrais e seu poder de convencimento são tão impressionantes que chegam usar pessoas com a única intenção de atingir os seus sórdidos objetivos ! esses "PREDADORES SOCIAIS" com aparência humana estão por ai misturados conosco...podem ser amigos.......parentes .....homens , mulheres de qualquer raça, credo ou nível social. Trabalham, estudam, fazem carreiras, se casam , tem filhos, mas definitivamente não são como a maioria das pessoas...aquelas que chamaríamos de "pessoas do bem " ...eles podem arruinar empresas e famílias ...mas não matam .....e , exatamente por isso podem ficar até uma vida inteira sem serem descobertos e diagnosticados...por serem charmosos e inteligentes , não costumam levantar a menor suspeita no ambiente em que vivem...podemos encontra-los disfarçados de religiosos, bons políticos, bons amantes.....a realidade é contundente e cruel...o maior problema é que a maioria esmagadora deles estão convivendo com a gente diariamente...cruzam os nossos caminhos, frequentam as mesmas festas, dividem o mesmo teto, dormem na mesma cama...... Vc conhece alguém mais ou menos assim ?

trecho do livro " Mentes Perigosas" Ana beatriz Barbosa