Luciene Silva

Luciene Silva

domingo, 23 de janeiro de 2011

Projeto de criação do Museu da Imprensa e Comunicação


No dia 24 de outubro, fui convidada a participar de uma sessão, na Câmara de Vereadores de Pirenopolis, sobre o projeto de criação do Museu da Imprensa e Comunicação, com as presenças do autor do Projeto, o simpaticíssimo Fotógrafo Nelson Santos e os escritores Luiz de Aquino, José Mendonça Teles e outros membros da Academia de Letras e Artes de Pirenópolis, bem como de autoridades locais, como o ex-prefeito e ex-deputado estadual Altamir Mendonça (um símbolo de amor à terra natal). 
 Todos discorreram com ênfase a respeito do projeto. Fiquei encantada com tantas descobertas, a ponto de me dispor a colocar todo o meu empenho para que o projeto se realize o mais rapidamente possível, pois é muita historia que deve ser resgatada. Há muita coisa jogada em fundos de quintais, algumas já enterradas... Um povo que não preserva sua Historia, que não respeita seu passado, jamais vai valorizar o que tem no presente, nem saberá construir seu futuro.
Esse não é um projeto só de Pirenopolis, mas para Goiás. Este Estado, que tem cultura e grandes profissionais gerados na nossa própria terra, honra-se dos muitos que, por várias razões, estão distantes. E tanto são os que já se foram para perto de Deus, mas seus trabalhos, lutas, e feitos, onde ficaram? É preciso não esquecer.

Quando José Mendonça Teles discursou sobre “A Matutina Meia- Pontense”, o jornal que circulou na Província de Goiás de 5 de março de 1830 a 24 de maio de 1834, totalizando 526 números (é o mais antigo do Centro-Oeste brasileiro, era editado na Vila de Meia-Ponte (Pirenópolis), pelo comendador Joaquim Alves de Oliveira. Teve papel importante para a elite social e política goiana, considerando-se que a esmagadora maioria da população era de analfabetos. Obviamente, os valores ali registrados eram as idéias dos senhores escravagistas do interior goiano. Senti-me totalmente envergonhada, pois até então não tinha nem ouvido falar da sua existência. Luiz de Aquino, palestrante excepcional, único, deixou sua marca que muito me emocionou falando sobre o Professor Joaquim Gomes Filho, que também não conheci. E, como eu, quantas pessoas, nesse nosso sertão goiano, não conhecem nossa historia, nossa gente? Ate quando vamos deixar nossa historia esquecida? Parabenizo aqui a iniciativa do Nelson Santos, abraçada por todos os presentes  naquela sessão.
Por tudo isso, deixo um alerta aos professores, prefeitos e secretários de Governo, de Educação, de Cultura etc., bem como aos empresários e lideres sociais e políticos do norte goiano: valorizem nossa História, nossos escritores, os jornais e os profissionais da comunicação, pois  são valores humanos de elevada importância!
Vamos ensinar os jovens a amar este chão goiano e, assim, valorizar nosso cerrado, nossas águas e nossa cultura.
Beijo e cheiro
Luciene Silva

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